A VERDADEIRA HISTORIA DE O GUARANI.



A parti de hoje, a coluna Silvinho in Foco vai contar um pouco da história de Sumidouro . Um trabalho desenvolvido em parceria Pró- Memória . Na pauta de hoje  iremos contar a verdadeira historia, de um dos maiores escritores brasileiro, José de Alencar . Ao contrario de que muitas pessoas imaginam,  o escritor nunca esteve em nossa cidade. Segundo o  professor de história do pró- memória Marcelo Veira, Jose de Alencar provavelmente inspirou-se em Sumidouro para escrever o livro O Guarani, devido a relatos de viajantes  que passaram por aqui e descreveram o cenário como  a cascata Cond’eu e o rio Paquequér para elabora o romance. Dessa maneira os escritor, crio o livro com base nesse cenário passando a Idea que Sumidouro foi o cenário onde Cecí e Perí viveram. Mas o fato é que essa obra  foi baseada em relatos dos viajantes, que percorriam    o império comercializando produtos, e observando a paisagem e depois cotavam o que tinham visto, e o escritor criava suas obras.
Nascido em Messejana, bairro de Fortaleza, no dia 1 de Maio de 1837, a família transfere-se para a capital do Império a cidade do Rio de janeiro e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso em 1846. Fundou, nessa época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo Questões de estilo. Formou-se em Direito, em 1850, e, em 1854, estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856, sob o pseudônimo de Ig, criticou o poema A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães. Ainda no mesmo ano, publicou sob a forma de folhetim seu primeiro romance, Cinco Minutos, no ano seguinte publica, no mesmo formato, A Viuvinha. Mas é com O Guarani (1857) que alcançará notoriedade. Nesse romance José de Alencar criou uma mitologia nacional compatível com os romances europeus do período, que traziam freqüentemente temas relacionados à cavalaria e aos tempos medievais: uma vez que o Brasil não possuía cavaleiros nem feudos, Alencar soube adaptar magistralmente o tema, sugerindo uma evocação ao passado indígena (imaginado) com igual brilho e diversidade. O herói Peri, no entanto, possui características bastante inesperadas para um índio, como a obediência quase irrestrita ao homem branco e o comportamento cavalheiresco. José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro é uma epopéia sobre a origem do Ceará, tendo como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo livro tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.
Em 1859, tornou-se Chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 José de Alencar havia ingressado na política, como deputado. Em 1868, tornou-se Ministro da Justiça e, em 1869, candidatou-se ao Senado. Em 1877 viria a ocupar um ministério no governo do Imperador Dom Pedro II. Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar. Tuberculoso, viajou para a Europa em 1877 para tentar um tratamento, que não deu certo. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano. Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (A Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Característica de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua. Em um momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erigida uma estátua no Rio de Janeiro. José de Alencar é o grande nome da prosa romântica brasileira, tendo escrito obras representativas para todos os tipos de ficção românticos: passadista e colonial (O Guarani, 1857), indianista (Iracema, 1865), sertaneja (O Sertanejo, 1875).  Pode-se dividir, didaticamente, a obra de Alencar em indianista (O Guarani, 1857; Iracema, 1865; Ubirajara, 1874); urbana (Lucíola, 1862; Diva, 1864; Senhora, 1875), regionalista (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (A Guerra dos Mascates, 1873). Seu grandes mestres são o francês Chateubriand e o inglês Walter Scott. Mas também o influenciaram muito os escritores Balzac e Alexandre Dumas.

      

Um comentário:

  1. Muito bacana o estudo, precisa ser divulgado entre os Sumidourenses que sabem muito pouco sobre José de Alencar... Não generalizando, é claro!

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